Com vista para a Baía de Todos-os-Santos e com uma arquitetura que já é por si só uma atração cultural, o casarão do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), no Solar do Unhão, em Salvador, abriga a exposição que reúne 26 das principais obras modernistas do acervo local. Nomes como Tarsila do Amaral, Cândido Portinari e Di Cavalcanti estão expostos na mostra ‘O Modernismo Brasileiro e o viés baiano’, ao lado de artistas nascidos na Bahia e outros que mantém forte relação com o estado como Mário Cravo Júnior.
Entre as obras expostas, que compõem o acervo permanente do MAM, estão telas com técnicas diferentes de pintura, uma gravura de Mário Cravo Júnior e tapeçaria de Genaro de Carvalho.
Segundo a museóloga e coordenadora do Núcleo de Acervo e Pesquisa Museológica do MAM, Sandra Regina Jesus, as peças contam também parte da história do próprio museu. “Essas obras juntas são a representação do que foi o início da nossa coleção, incluindo a primeira aquisição, a pintura ‘As Flores’, de Burle Marx. Muitas delas [foram] doadas por empresários e intelectuais da época em que o MAM foi fundado. São peças que já viajaram todo o mundo, emprestadas para participar de diversas exposições, mas que são patrimônio do povo baiano, são parte da nossa história, que precisamos conhecer e reconhecer”, explica a museóloga.
A estudante Milena Veloso, do Colégio Estadual Odorico Tavares, foi conhecer pessoalmente o que já tinha ouvido falar na escola. “Procurei os museus de Salvador na internet e curti a página [do MAM, no Facebook]. Quando vi anunciando uma exposição de arte moderna, lembrei do que tinha aprendido no ginásio e quis vir conferir de perto como são as obras que a gente só via nos livros. Vim com minha mãe e estou achando maravilhoso. Dá pra ver bem, pela idade que têm os quadros, que tudo aqui é muito bem conservado”, afirmou a estudante.